As consultas são adaptadas ao momento que está a viver, por exemplo:
– Se estiver a pensar realizar criopreservação de ovócitos;
– Se não tem parceiro, e gostaria de fazer tratamento para Maternidade Independente;
– Após o diagnóstico de inFertilidade;
– Quando se apresenta a necessidade de tomada de decisão no tratamento de PMA;
– Na preparação para o tratamento com Doação de Ovócitos/Esperma/Embrião;
– Quando é necessário selecionar um Dador de Esperma/uma Dadora de Ovócitos;
– Após receber a notícia de uma Beta hCG Negativa, Perda Gestacional ou Interrupção Médica da Gravidez;
– Quando se sente “bloqueada” e sem capacidade de retomar os tratamentos.
Note que, sendo o processo de engravidar complexo e desgastante (física, emocional, financeiramente, …), o ideal será preparar-se o mais cedo possível para autocuidado emocional, principalmente. O acompanhamento psicológico tem como objetivo ajudar a tornar o caminho mais leve e gerível.
Podemos até considerar a terapia como um ato de higiene e de cuidado mental básico para qualquer pessoa, logo, para alguém a enfrentar o desafio da fertilidade, que aumenta a vulnerabilidade a estados depressivos e ansiosos, a terapia será fundamental.
Compreendo que, para algumas pessoas, possa haver alguma resistência em pedir ajuda (associada a crenças de auto-eficácia e mitos sobre a terapia), mas o meu conselho é que não espere por se sentir “no fundo do poço”/”perdida”/”sem chão” – o trabalho nestas situações será diferente e mais demorado.
Desenvolva uma atitude preventiva e protetora do seu estado mental e procure ajuda ANTES de fazer tratamento, aos primeiros sinais de que está a sentir o impacto das tentativas de gravidez sem sucesso.
Creio que a mais-valia do meu acompanhamento é que tento aliar o conhecimento da ciência psicológica ao ser um lugar seguro e disponível para o outro. Procuro ter uma visão integrativa da pessoa, muito além da fertilidade, e levo este trabalho com sentido de missão.
A nível profissional, estou sempre em constante formação (adoro aprender mais sobre esta área), e utilizo uma abordagem que me parece a que funciona melhor na Fertilidade: a das Terapias Cognitivo-Contextuais. “E o que significa isso?”, pergunta o leitor.
Um terapeuta que segue este modelo tem uma abordagem mente-corpo, utiliza um tom caloroso, curioso e validante, coloca-se ao mesmo nível que a pessoa, partilha a sua experiência pessoal (se for útil para a pessoa), foca-se no processo terapêutico e não tanto no diagnóstico/patologia, usa uma abordagem experiencial e prática para explicar a programação da mente (a linguagem verbal não chega), não é tão diretivo/formal, convida à mudança com empatia e gentileza e pratica tudo aquilo que ensina.
Esta é uma pergunta comum e muitas pessoas começam efetivamente a fazer terapia com a expectativa de engravidar.
Contudo, o objetivo da terapia é o bem-estar e equilíbrio psicológico, quer exista gravidez ou não. Trata-se de um processo de introspeção e de autoconhecimento que vai muito além do projeto de ter filhos: é sobre si, enquanto pessoa.
Este é um processo ativo, não é o psicólogo que faz o trabalho, mas sim a pessoa. O psicólogo apenas orienta e guia, não lhe retira a dor mas ensina a carregá-la. Não cura mas alivia. Permite-lhe libertar espaço mental para que consiga continuar a viver além da fertilidade.
Sabemos que a investigação científica tem demonstrado que a psicoterapia e o Mindfulness aumentam a probabilidade de gravidez, mas este é o motivo errado para o fazer, a meu ver.
Por isso, é necessário comunicar isto com algum cuidado, pois estaremos a criar uma expectativa e a mexer com a vulnerabilidade e a culpa da pessoa. Para além disso, a fertilidade é muito complexa, existem muitos fatores que contribuem para o resultado de cada um e há muita coisa que não sabemos ainda.
Em suma: Deve fazê-lo para cuidar de si, não com o objetivo de engravidar. Mas por si, essa é q melhor e mais válida razão.
Não é sobre engravidar, pois isso ninguém lhe poderá garantir (fuja de quem lhe “vende” esse sonho como garantido ou facilmente alcançável), mas sobre assegurar que os pacientes têm apoio e recursos internos para lidar com qualquer desfecho. A isto chamamos “abordagem centrada na pessoa e não na gravidez”.
Esta abordagem centrada na experiência do Paciente, não é sobre o resultado do tratamento, mas sim sobre o processo. Não é sobre o futuro, mas sobre o presente.
É também por isto que existem pacientes que conseguem ter um filho e têm má experiência ou até mesmo trauma do tratamento, e outros que não conseguem ter mas que relatam uma boa experiência apesar de tudo, conseguindo aceitar melhor o insucesso.
A primeira consulta tem como objetivo principal estabelecer a relação terapeuta-cliente. O processo terapêutico tem como base esta relação, que representa cerca de 60-80% do seu sucesso por isso é muito importante criarmos uma boa relação desde o início.
Vou fazer perguntas para completar a sua anamnese e vou identificar os temas principais e secundários para começarmos a trabalhar, bem como as suas expectativas. Por vezes, existem convites para realizar algum tipo de atividade ou “trabalho de casa” importantes para a evolução do cliente. Pode haver necessidade de se realizarem testes de avaliação psicológica, com o objetivo de compreender o estado mental atual do cliente e fazer a sua monitorização ao longo do tempo.
Os clientes têm acesso ao meu número de telemóvel profissional, sendo que procuro fazer um acompanhamento mais próximo sempre que necessitarem, sobretudo em momentos mais críticos do tratamento.
O cliente poderá também receber contactos de follow-up durante o processo.
Durante as tentativas de concepção, a relação de casal transforma-se inevitavelmente, e pode evoluir no sentido da aproximação ou do afastamento. O casal pode crescer em conjunto com o tratamento ou este pode abrir uma fenda difícil de reparar na relação. O programa pretende ajudar as pessoas a cuidarem da relação de casal e a aumentarem a sua união perante a adversidade. Para isso, é essencial que ambos estejam motivados para participar nas sessões.
Neste programa, avaliamos a relação de casal, trabalhando o “Eu, Tu e Nós”, em termos de motivação, medos, necessidades, comunicação, expectativas, e quanto mais cedo se intervir, mais se protege a conjugalidade.
Em geral, a relação de casal tende a polarizar-se quando o assunto é a dificuldade em ter filhos:
A Infertilidade é um motivo para fortalecer a união e de se conectarem com o sofrimento de cada um e responderem às necessidades do outro. O respeito e a admiração aumentam. O casal funciona em equipa, dividindo tarefas e partilhando emoções e sofrimento.
OU
A Infertilidade torna-se um motivo para falta de empatia e escuta do outro, e consequentemente, de afastamento. A crítica, a reatividade, os ressentimentos, e a desregulação emocional é profunda, e é difícil comunicar com o outro, podendo tornar-se insustentável. Podem surgir atitudes diferentes face à infertilidade e projetos de parentalidade que não coincidem. Os pacientes fazem o tratamento juntos mas “sozinhos”. Podem vir à tona problemas pré-tratamento, que já existiam mas que, por algum motivo, foram sendo adiados ou ignorados.
Sim. Os relatórios psicológicos podem ser emitidos para apresentar no Médico de Família, médico psiquiatra, junta médica, entidade patronal ou outros.
Os relatórios não têm custos associados para clientes com acompanhamento regular. Para clientes pontuais, o relatório tem o custo de 65€.
O pedido deve ser enviado por email (margarida@margaridafonseca.pt) ou Whatsapp (+351 932 436 999).
Antes da primeira consulta, deverá preencher o Formulário 1ª Consulta (disponível aqui).
A consulta pontual tem o valor de 95,00€ (noventa e cinco euros). Consulte ainda os valores do acompanhamento na página “Serviços”.
O pagamento deverá ser realizado no momento do agendamento, por MBway (+351 932 436 999) ou Transferência Bancária (IBAN fornecido posteriormente).
Nota: O nome do cliente que irá usufruir da consulta deve constar sempre no descritivo do pagamento.
Não tenho acordo com ADSE nem seguros de saúde. Em alguns seguros de saúde, é possível apresentar os recibos das consultas para receber o reembolso no “regime livre” (informe-se junto da sua seguradora, poderá ser necessária a prescrição do médico de família/psiquiatra).
Os associados da Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) usufruem de 25% de desconto sobre o valor das consultas.
Preferencialmente, a plataforma usada para as consultas online é o Google Meet (o convite é enviado por email aquando da marcação da consulta). Poderá também ser utilizado o Whatsapp.
Se por algum motivo o cliente não puder comparecer na consulta agendada, deverá contactar a psicóloga diretamente por email (info@margaridafonsecapsicologa.com) ou telemóvel (+351 932 436 999), com pelo menos 24h de antecedência. Neste caso, não será cobrada a consulta. Se existirem mais de 2 faltas sem aviso prévio, a consulta será cobrada.
Caso a psicóloga não possa comparecer, o cliente poderá escolher reagendar a consulta ou receber a devolução do valor pago pela mesma.
A periodicidade das consultas será indicada, após a avaliação do caso e após cada consulta (consultas semanais, quinzenais, mensais, trimestrais, semestrais ou anuais). O objetivo é que a intervenção seja o mais regular, rápida e consistente possível, por forma a se alcançarem os objetivos no menor espaço de tempo.
Essencialmente, diria que o conforto de poder estar na sua casa ou a flexibilidade de estar em qualquer parte do mundo, de não ter atrasos nas consultas, de não enfrentar trânsito nem frio/calor. A terapia online demonstrou ser tão eficaz quanto a presencial, pelo que será apenas uma questão de preferência pessoal.
Deixe aqui as suas dúvidas, sugestões, desabafos, inseguranças… Tentarei responder quando possível.